Governo Federal prevê aumento de 11% nas despesas com pessoal em 2026, impactado por reajustes e concursos

As despesas com salários e benefícios de servidores públicos federais devem crescer significativamente em 2026. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado ao Congresso nesta sexta-feira (29), os gastos com pessoal do Executivo federal passarão de R$ 315 bilhões em 2025 para R$ 350,4 bilhões no próximo ano — um aumento de 11,24%.

Esse crescimento se deve principalmente a três fatores: reajustes salariais já acordados com diversas categorias, reestruturação de carreiras e a realização de novos concursos públicos.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cerca de R$ 12,1 bilhões do aumento se referem a reajustes já aprovados para carreiras civis, como os auditores da Receita Federal e médicos das universidades federais. Outros R$ 4,4 bilhões correspondem a acordos que entram em vigor em 2026. Para os militares, o impacto previsto é de R$ 5,3 bilhões.

Além disso, o orçamento reserva R$ 1,5 bilhão para concursos e novas contratações em áreas diversas do Executivo, e R$ 1,8 bilhão destinados à ampliação do quadro de professores e técnicos da rede de Institutos Federais.

Apesar da elevação nos valores, o governo afirma que os gastos continuam sob controle em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Em 2022, as despesas com pessoal representavam 2,68% do PIB, e a projeção para 2026 é que esse percentual caia para 2,59%.

No total, o orçamento prevê a abertura de 11,3 mil novas vagas no serviço público federal, das quais 3,6 mil devem ser preenchidas por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CNU).

Contudo, o Ministério do Planejamento ressalta que a previsão de vagas no orçamento não garante que todas serão preenchidas. A autorização para convocar os aprovados dependerá de decisões futuras do governo e da disponibilidade orçamentária no momento da execução.

A expansão do quadro de servidores faz parte da política de recomposição da força de trabalho no setor público federal, que enfrentou anos de restrição nos concursos. O objetivo, segundo o governo, é “oxigenar e reforçar” a administração pública, com a entrada de novos servidores em áreas estratégicas, buscando melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população.

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