O Dia Mundial de Combate à Poliomielite, comemorado em 24 de outubro, é uma oportunidade para conscientizar a população sobre os riscos da doença, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, e destacar a importância da vacinação. Em Santa Catarina, não há registro de novos casos há mais de três décadas, sendo o último em 1989. O estado tem conseguido manter índices elevados de cobertura vacinal, fator essencial para a erradicação da pólio na região.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, organizados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), até agosto deste ano, a cobertura vacinal atingiu 87,87%. A meta é superar os 90% até o final de 2024, enquanto a recomendação nacional é de 95%. Em anos anteriores, os índices foram de 83,77% em 2021, 86,33% em 2022 e 91,81% em 2023, demonstrando uma tendência de crescimento.

“Estamos há mais de 30 anos sem casos de paralisia infantil em Santa Catarina. No entanto, precisamos continuar aumentando a cobertura vacinal para impedir o retorno não só da pólio, mas de outras doenças imunopreveníveis. A vacinação continua sendo a única maneira eficaz de prevenir a poliomielite. Estamos trabalhando com os municípios para atingir a meta nacional”, afirma Arieli Schiessl Fialho, gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da DIVE.

A vacina contra a pólio é oferecida gratuitamente em todos os postos de vacinação do estado. Recentemente, o Ministério da Saúde ajustou o calendário vacinal da poliomielite, substituindo a vacina oral pela injetável. O esquema de vacinação recomendado para crianças menores de cinco anos é composto por três doses iniciais e um reforço:

• 1ª dose: aos 2 meses com a vacina injetável (VIP)
• 2ª dose: aos 4 meses com a vacina injetável (VIP)
• 3ª dose: aos 6 meses com a vacina injetável (VIP)
• Reforço: aos 1 ano e 3 meses com a vacina injetável (VIP)

A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença viral contagiosa causada pelo poliovírus (tipos 1, 2 e 3), que pode afetar tanto crianças quanto adultos por meio do contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas. A doença pode causar paralisia, e em casos graves, pode ser fatal, especialmente se o vírus atacar os neurônios motores responsáveis pela respiração e deglutição. O período de incubação do vírus varia de 5 a 35 dias, sendo mais comum entre 7 e 14 dias.